Classificação de Bethesda
A classificação de Bethesda na interpretação dos resultados dos laudos de PAAF de tireoide
A classificação Bethesda para Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) de tireoide é um sistema padronizado desenvolvido para interpretar os resultados citológicos de amostras obtidas por PAAF de nódulos tireoidianos. Esta classificação estabelece critérios claros e padronizados para a interpretação de amostras citológicas, garantindo resultados precisos e confiáveis que orientam decisões clínicas subsequentes, como a necessidade de monitoramento, tratamento adicional ou cirurgia, baseando-se no risco de malignidade associado às amostras.
A classificação Bethesda define terminologias específicas e critérios diagnósticos para diferentes tipos de lesões citológicas, desde benignas até malignas e indeterminadas.
Isso ajuda a evitar ambiguidades na comunicação dos resultados entre patologistas, oncologistas e outros profissionais de saúde.
CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA 3ª EDIÇÃO
A classificação de Bethesda é a classificação recomendada para o diagnóstico citológico de nódulos tireoideanos.
Nesta classificação são definidas seis categorias diagnósticas principais, cada uma destinada a descrever as características citológicas das amostras coletadas por Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF).
Aqui está uma breve descrição de cada uma dessas categorias:
Não Diagnóstico ou Insatisfatório (ND)
Amostras consideradas inadequadas para uma avaliação diagnóstica adequada. Isso pode ser devido a presença apenas de conteúdo líquido do cisto, quantidade insuficiente de células, obscurecimento por sangue ou artefatos que interferem na interpretação.
Benigno
Amostras que mostram características citológicas consistentes com tecido benigno da tireoide. São exemplos a DOENÇA NODULAR FOLICULAR, (INCLUI O NÓDULO ADENOMATÓIDE E O NÓDULO COLÓIDE), TIREOIDITE LINFOCÍTICA CRÔNICA (HASHIMOTO OU OUTROS TIPOS DE TIREOIDITE).
Atipia de Significado Indeterminado (AUS)
Amostras que exibem alterações citológicas que não são claramente benignas, mas também não são suficientes para um diagnóstico definitivo de neoplasia.
Subcategorias: AUS-atipia nuclear e AUS-outra.
Neoplasia Folicular
Amostras que não permitem afastar a possibilidade de uma NEOPLASIA FOLICULAR (ADENOMA OU CARCINOMA FOLICULAR), entretanto admite-se que até aproximadamente 30% destas amostras que preenchem os critérios para esta terminologia diagnóstica não são condições neoplásicas, mas sim proliferações hiperplásicas.
Suspeita para malignidade
Amostras que exibem características citológicas que sugerem fortemente malignidade, mas não são diagnósticas definitivas de câncer.
Maligno
Amostras que mostram características citológicas definitivas de malignidade.
